“Não persigam coisas vãs. Não sejam negligentes. Não sigam opiniões distorcidas. Não sirvam de apoio ao mundo.
Despertem! Fujam da negligência. Sigam a lei da virtude. O homem que pratica a virtude vive feliz, neste mundo e no próximo.
Sigam o caminho da virtude, e não o do mal. Aquele que pratica a virtude vive feliz neste mundo e no próximo.
Aquele que vê o mundo como mera espuma e ilusão não é visto pelo Deus da Morte.
Não sente, o sábio, apego algum pelo mundo. Venham e contemplem este mundo enfeitado como uma carruagem real onde estão imersos os tolos!
Assim como a lua ilumina a terra ao livrar-se das nuvens, assim acontece com aquele que deixou de ser ignorante.
Como a lua emergindo das nuvens, assim acontece com aquele que prefere as boas ações às más.
Este mundo está cego, e somente uns poucos chegam a ver com claridade. Sim: Somente uns poucos alcançam o reino divino como pássaros liberados de grades.
Os cisnes seguem, com seu vôo, o caminho do sol. E os homens cruzam os céus com os poderes da mente. Mas os sábios triunfam sobre Mara e suas hostes e se afastam deste mundo.
O homem falso que desobedece a única Lei, e que mostra indiferença quanto ao mundo do além, é capaz de qualquer maldade.
Em verdade, não alcançarão os malvados o reino celestial, nem os ignorantes serão liberados. Os homens sábios se alegram na generosidade e alcançam um reino mais feliz.
O triunfo do homem que vence a ilusão é melhor que o domínio dos bens terrenos; melhor do que morar nos céus; melhor do que o governo de vastos territórios.”
DHAMMAPADA capítulo XIV – O Buda